Você está no Substack por quê?
“Saudades de quando o pessoal aqui do Substack se importava apenas com textos e sentimentos - e não números.”
“Sou contra inscrições pagas no Substack.”
“Mas você está aqui para ser visto? Você gosta de chamar a atenção?”
Eu acho que vocês estão começando a confundir as coisas.
Já pararam para pensar que essa rede social é um achado para escritores repreendidos pelo ego?
Pessoas que sonhavam em ganhar a vida com a escrita, mas tiveram esse sonho destruído, pela falta de oportunidade, e até pela exacerbação de conteúdo nas outras redes sociais.
O Substack é uma luz no fim do túnel para eles. Para mim. Para nós.
Eu encontrei o Substack fazendo uma busca online atrás de uma rede social para escritores. Meu intuito era esse desde o começo. Abri minha conta com essa mentalidade. Conquistar meu sonho de adolescência que ficou lá. Na adolescência.
Na época em que precisei decidir como ganharia o resto da minha vida (com meros dezessete anos), escolher profissões relacionadas a arte era algo mal visto - algo que, na época, não daria dinheiro. Eu queria cursar faculdades que, de acordo com meus pais - e todo mundo, naquele momento - não seriam boas opções.
Eu fazia aulas de dança. Queria entrar na faculdade de dança e ser professora. Mas, se fosse para isso, seria melhor cursar educação física - já que o mercado da dança era algo muito “fechado”, né? Como diriam as línguas daquela data: não abriria portas e não daria futuro. Eu ficaria engessada.
“Mas você não tem nada a ver com educação física.”
Queria ser atriz. Fazer aulas de teatro. Cursar artes cênicas. Nunca tive a oportunidade de fazer as aulas.
“Para entrar na faculdade de artes cênicas, há a prova prática. Você nunca teve experiência.”
Grande parte da culpa dessa repreensão veio do meu ambiente escolar. A escola que eu frequentava, principalmente, tinha a visão de que a vida era apenas sobre entrar em uma das maiores universidades do país, cursar um dos cursos mais famosos e em destaque do momento e ganhar muito dinheiro.
Lembro, até hoje, em detalhes, quando, ao entrarmos no último ano do ensino médio, recebemos uma palestra de nosso coordenador, para abrir as aulas mesmo, no comecinho. A primeira frase que ele disse foi:
“A partir de agora, vocês não são mais amigos. Nem colegas. Vocês são concorrentes.”
Enfim, queria ser escritora. Sempre fui apaixonada por escrever. Queria escrever um livro. Ganhar para publicar todos os dias em uma página na internet. Qual faculdade eu faria para isso? Jornalismo? Literatura seria mais uma piada.
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